O que é que os seus jogadores têm de fazer para poder concretizar esse objectivo?
É preciso que a Académica se apresente ao seu melhor nível. A equipa vem de uma série de jogos de muito bom nível, mais ou menos desde o jogo de Leiria, mas sem ter conjugado isso com um bom rendimento. Por isso, temos de ser mais eficazes, defensiva e ofensivamente, para aliar rendimento ao espectáculo. E ter concentração contínua, porque tem sido em faltas de concentração momentâneas que temos perdido mais pontos. Usou três centrais em Alvalade e no jogo da Taça, contra o Setúbal. Vai continuar a recorrer a esse sistema?
O Benfica tem apresentado dois jogadores na área, por isso é provável que a Académica surja com três defensores. Ainda tenho tempo para reflectir sobre tudo, mas é evidente que iremos apresentar o onze mais adequado. Com os dois golos na Taça, Gyano já é o melhor marcador da equipa. Sente-o capaz de fazer ainda mais e melhor?
Sim. Está perfeitamente identificado com a cidade e com o clube, tendo até agora um rendimento muito aceitável. É preciso não esquecer que não jogou os dois primeiros jogos, devido a um castigo que trouxe da Hungria, e que depois também esteve cerca de um mês lesionado. É possível, por isso, que o seu rendimento ainda venha a melhorar.
Que percentagem de êxito atribui à Académica?
Isso não se mede, o futebol é aleatório. Já sei que há mais de 30 anos que a Académica não ganha ao Benfica, mas o óbvio é contrariável. O futebol tem a magia de não ser mensurável ou ponderável, como se viu no Estádio do Dragão, com o Atlético a surpreender o FC Porto. Se calhar nem havia percentagem alguma a favor do Atlético. Nesse contexto, tenho vincado em mim e nos meus jogadores que é possível ganhar ao Benfica.
O empate não seria um bom resultado?
Com certeza que sim, adicionar pontos é sempre bom. Não só nos jogos contra os grandes, mas em todas as situações. Ter o sinal mais do nosso lado é sempre bom.
O desgaste dos jogos e viagens do torneio do Dubai vai fragilizar o Benfica?
De modo algum. O Benfica assegurou uma margem de dias que lhe permite uma perfeita recuperação. Além disso, tem um plantel vasto, com muitas e boas soluções.
Já se percebeu que não gosta de jogos à segunda-feira… Gostava era de ter mais gente no estádio, o que se torna difícil no final de um dia de trabalho e véspera de outro. Este tipo de coisas não se vê em lado nenhum e não beneficia a modalidade, nem em termos desportivos nem financeiros.